quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A vida é bela...

Esta semana conheci o Gabriel (lembrem-se, sempre estarei usando nome fictício para minhas histórias reais).


O Gabriel é um menino que sorri pouco às 7:00hs da manhã quando vou busca-lo para leva-lo para a escola. O menino mal responde minhas perguntas, e sem muita expressão, deixa claro que não tem a mínima vontade de conversar e principalmente de esticar uma demanda. Me lembro de meu primo que um dia me disse que nas primeiras horas da manhã não gosta de conversar, não consegue se concentrar totalmente no trabalho, se sente de mau humor e seu ritmo é lento. Não convivi muito com ele logo pela manhã, mas a narrativa deste comportamento chamou minha atenção.


Para eu acordar de manhã conto com com três sinais sonoros. O primeiro e o segundo é o celular, que depois de 09 minutos desperta novamente. Eu coloquei um barulho irritante, tipo acordaaaaaa. O terceiro barulho é nosso velho e não estimado despertador que fica longe de minha cama, preciso me levantar para desliga-lo e nesta travessia é que começo a acordar. Depois, é fazer o café preto, tomar banho e aí estou pronta para a vida. Vou até o quintal observar a manhã que se inicia, conversar com minhas plantas que parece que nunca sei de suas reais necessidades. Enfim, estou aberta para assuntos sérios, meu humor está ótimo, tenho boas idéias e sempre tenho a sensação que tudo posso, nada me deterá. Planejo meu dia e começo a executar as tarefas. Por volta das 14horas, depois que almoço, sinto que nem tudo posso, talves só a maioria das coisas. As 16horas sinto que quase tudo posso e que existe sim tropeços, e as 17 horas, hum, melhor deixar sem comentários.


Resumindo. Gosto do período da manhã, não entendo quem diz que de manhã se sente mau humorado. Por isso, sempre procuro deixar todas as coisas mais importantes e decisivas para o período da manhã.


O Gabriel é criança, e acredito que a criança é o espelho da verdade. As 17horas, quando vou busca-lo na escola, não preciso ser criativa em buscar assuntos. Quando a monitora o traz ele já vem sorrindo. Sorriso largo que suas bochechas chegam a ficar vermelhas. Ele é lindo. Me conta o que gosta de comer no lanche, fala da professora, conta quais seus jogos preferidos no game, e além de falar de todos os jogos que tem ainda quer me mostrar o CD do jogo e faz questão de mostrar que não tem nenhum risquinho. O Gabriel consegue ser lindo e disposto as 17horas, quando meu ritmo já caiu, já não quero ver detalhes de nada, não quero pensar em nada complexo, a não ser a hora de usufruir do conforto de meu sofá. É claro que se precisar eu sempre consigo me superar, como por exemplo, me deliciar da companhia do Gabriel as 17horas.


Penso que os seres humanos são tipo padrão mas nos diferenciamos em lidar com nosso padrão de beleza, comportamento, amor, ódio, paixão, dificuldades, disposição de manhã ou de tarde, etc.


Beijos Gabriel - estou feliz em te conhecer...

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